domingo, 20 de maio de 2012

Semana que vem!

No próximo sábado, Vagabundo Não é Fácil participa da festa "Chupa essa laranja, meu bem!", ao lado de Graveola e o Lixo Polifônico, Pequena Morte, Dj's Guto Lover's e Alexandre de Sena. Vai ser fino, chega mais! Clique na imagem para ver todas as informações.



Ontem, no Estúdio B!



sábado, 31 de março de 2012

O swing dos grandes e novos baianos



Músicas de ninar com letra psicodélica, cavaquinhos com pegada Jimi Hendrix, coros, pandeiros, café, futebol. Lançado pelos Novos Baianos em 1972, 'Acabou Chorare', delicioso mix de samba e rock'n'roll, inaugurou não só uma vertente na carreira da banda como um estilo do fazer musical no Brasil. Hoje, do alto de seus 40 anos, já foi eleito o mais importante da nossa música pela revista Rolling Stone e continua sendo extremamente atual, inspirador e contagiante. Em sua homenagem, o Pampulha convidou a banda belo-horizontina Vagabundo não é Fácil, cover dos Novos,  para comentar uma a uma as dez canções do disco. Os relatos tinindo e trincando do guitarrista, violonista e bandolinista Paulim Sartori e dos vocalistas Cris Lima e Luiz Nascimento você confere a seguir.

1. Brasil Pandeiro
 
Cris Lima - "Brasil Pandeiro" inaugura uma nova sonoridade na trajetória dos Novos Baianos – bem diferente da época de Ferro Na Boneca (1969). É com ela que o grupo abraça o samba e assume suas raízes brasileiras, fortemente influenciados pela amizade com João Gilberto. Impossível não querer dançar ao som dessa música do Assis Valente!.
 
Paulim Sartori - Pouca coisa escancara mais a genialidade de um artista quanto uma apropriação magistral de uma música que não é sua, ao ponto de que a interpretação se confunde com a composição. Eis o prelúdio do encontro entre João Gilberto e Jimi Hendrix que tão originalmente representa esse disco.
 
 
2. Preta Pretinha 
 
Cris - O que mais me impressiona nessa música é a sua simplicidade. São apenas 2 acordes e no entanto é uma das canções mais pedidas no nosso show, aquela que todo mundo canta junto, em comunhão. Não é a toa que ela aparece no disco duas vezes e fez sucesso em todo o país.
 
Paulim - O caráter hínico dessa obra-prima é inegável. Clama-se um nome impessoal e, com isso, convida-se toda a alteridade para dentro de si. Aqui temos o exemplo de uma letra que não poderia ser outra coisa que não cantada, vocativo de todo indivíduo que escuta; é fala que voa em torno do Sol.
 
 
3. Tinindo Trincando 
 
Cris - Acho muito bacana a mistura que eles fazem nessa música, que começa bem rock’n’roll e no meio incorpora um baião, com direito a triângulo e tudo. Essa mistura de gêneros e ritmos vai marcar a trajetória da banda daí em diante. A Baby canta muito bem nessa faixa, fazendo as imitações da guitarra de um jeito muito singular. Pepeu, excelente instrumentista, consegue demonstrar sua incrível habilidade sem abrir mão da musicalidade.
 
Paulim - Aqui Pepeu se encontra; e com ele se encontram todos os novos baianos. A guitarra distorcida que exalta o "swing brasileiro", o canto que samba em cima do rock e o triângulo que diz tanto quanto a bateria, põem a música à frente do músico. É a rendição do artista à arte – o quê de maior desse disco nasce aqui, porque quem vai de "não" não chega não; e os Novos Baianos vão de "sim". 
 
 
4. Swing De Campo Grande
 
Cris - Essa música é uma delícia de cantar, tocar e dançar. Uma evocação da festa de rua, uma espécie de declaração de amor ao carnaval. E esse refrão “Eu não marco toca, eu viro toca, eu viro moita” é impagável.
 
Paulim - Assumida a figura paterna de João Gilberto, os filhos do mestre o transgridem: aqui vemos um tradicional samba, com toda a percussão regional e coro, voluntariamente avassalado por um violão de aço tocado como uma guitarra e um cavaco trilhando o mesmo anseio roqueiro. Não bastasse o que os sons nos dizem, ouvimos o brado do espírito carnavalesco brasileiro, maior ele próprio que uma simples festa de Carnaval – são as quatro letras de "amor". 
 
 
5. Acabou Chorare 
 
Luiz Nascimento - Acabou Chorare parece brinquedo, Moraes e Galvão brincando de fazer música, ou fazendo música brincando. Parece João Gilberto cantarolando tão despretensioso que só um passarinho pra fazer coro. É uma canção que deita a cabeça da gente no colo, consegue trazer subitamente uma paz de criança dormindo. Impossível não se derreter pela doçura da letra, que remete a coisas tão boas que não se sabe o quê, a gente não lembra, mas sente saudade. No fim, os versos já um pouco melancólicos, são acalentados pela craviola afiada de Pepeu, deixando uma leve brisa de esperança no ar...
 
Cris - É lindo esse jogo de onomatopéias inspirados na fala da pequena Bebel Gilberto (que se confundia no português, espanhol e inglês, em função das viagens em turnê do pai). Confere à música um caráter lúdico e singelo! É uma música bem econômica, na maior parte do tempo, voz e violão (há um quê de bossa nova na interpretação). Quando entra a craviola, uma nova textura, um novo timbre ganha relevo - uma espécie de elemento surpresa, providencialmente deixado para o final.
 
Paulim - Dessa não se diz muita coisa: é auto-referencial. Uma ode ao amanhecer, pintada na fé do café e no lindo bule bulindo, que alvorece no "zum zum e mel" da craviola de Pepeu. Acabou chorare e tudo pode começar de novo, o que passou foi pra escanteio. Põe-nos em suspensão e abertura para uma outra chance, para uma oportunidade ao diferente que se harmoniza ao igual, para todas as potencialidades que um talvez carrega consigo. Brilhante. 
 
 
6. Mistério Do Planeta 
 
Cris - Mais do que uma banda, os Novos Baianos formavam uma família, uma comunidade. Nessa música, eles fazem um elogio ao encontro e à troca e ao mistério que é viver nesse mundo. A letra tem um caráter reflexivo. Na minha opinião, uma das melhores dos Novos Baianos.
 
Paulim - O canto do enigma da existência humana ao colocar-se no mundo como falta. A gente se põe como é – falta de ser –, mas só se é baixando a guarda para o que o outro também faz da gente; nosso ser é "sendo", gerúndio que se torna particípio no que fica em cada um. Rock que só faziam os Novos Baianos, carregado em letra, voz e instrumentação, com direito a um antológico solo de guitarra de Pepeu. Uma das melhores canções deles, sem dúvida.
 
 
7. A Menina Dança 
 
Cris - Essa música já ganhou outras versões, mas perece-me que ela foi feita sob medida para a Baby cantar. Difícil improvisar com a fluência dela. No filme do Solano Ribeiro, vemos os Novos Baianos tocando essa música a Baby dançando, tão despojada, é sensacional. Ela encarna, em corpo e voz, a menina que dança. De todas as músicas que a Baby canta, esta é a que mais gosto.
 
Paulim - Essa é a mulher dos Novos Baianos. Quando Baby chegou já tinha Elis, Gal, mas não tinha Consuelo. Veio como só ela poderia vir. De fato, a performance dos Novos Baianos tocando essa música no quintal do Cantinho do Vovô diz tudo: por entre roupas no varal, pelada do fim de tarde e uma vida verdadeiramente comunitária, está a música do grupo. Canção de um charme peculiar e uma delicadeza como só a Baby, nos tempos de Consuelo, podia ter.
 
 
8. Besta É Tu 
 
Cris - Nos nossos shows, deixamos Besta É Tu sempre mais para o final, para encerrar o show em alto astral. Samba rasgado, com um refrão que se repete até virar uma onomatopéia (“bestétu”). Um convite a viver este mundo, aqui e agora.
 
Paulim - Mais uma celebração vivaz do simples, aqui sustentada pela explícita disposição de espírito do conjunto-família. Samba forte, ora animado, ora melancólico. De um lado o Sol, de outro o perigo na rua. Acho que em shows fica difícil perceber o peso dessa música, mascarado por ser tão dançante e aberta. Essa é bem Brasil.
 
 
9. Um Bilhete Pra Didi 
 
Cris - Única peça instrumental do disco. A melodia principal é executada primeiro pelo cavaquinho e na segunda parte da música, pela guitarra. A mudança de timbre é bem inusitada, pois se trata de um baião, que vai ganhando a roupagem do rock. Esse tipo de mistura hoje é mais usual, mas àquela época, era uma inovação. Destaque para a excelente execução da guitarra de Pepeu.
 
Paulim - A primeira de uma série de monumentais peças instrumentais dos Novos Baianos. Incrível que em meio a tanta completude artística, ainda tenhamos exímios instrumentistas, interessados na busca de um novo som e mais entrosados que quaisquer outros. Realmente, esse é um baião-rock que nunca precisou de letra – voz ele sempre teve.
 
 
10. Preta Pretinha
 
Paulim - Se a Som Livre queria uma versão "veiculável" para as rádios, de menor duração, o que conseguiu mesmo foi o fechamento ideal do disco: retoma seu início e cria um finale de saudade e em harmonia com a ideia de que há fim. Acabou "Acabou Chorare" e ficou tudo lindo”.

domingo, 11 de março de 2012

Balança Zap - Quem não dança, segura a criança!



Abrindo a programação do Balança Zap, que ocorrerá mensalmente no espaço da companhia teatral Zap 18, um show vibrante com a banda Vagabundo Não é Fácil [Tributo aos Novos Baianos].

Quando?
Sábado, dia 17 de março de 2012.

Que horas?
A partir das 19h.

Onde?
Na sede da Zap 18, que fica na R. João Donada, 18, Bairro Serrano.

Quanto?
R$8 com nome na lista amiga [enviar para contatozap18@gmail.com]
R$12 na portaria.

Como chegar?
http://balancazap.blogspot.com/2012/03/endereco-da-zap18.html

Mais alguma informação?
Não aceitamos cartão de crédito ou débito, por enquanto!

Acesse!
tributoaosnovosbaianos.blogspot.com
facebook.com/naoefacil
myspace.com/vagabundonaoefacil

sexta-feira, 2 de março de 2012

No Estúdio B!


Vagabundo Não é Fácil [Tributo aos Novos Baianos] sambando diferente, mais uma vez, no Estúdio B! E em, seguida, Suvaca de Vó [Rock tropicalista], com mais um show divino, maravilhoso!

Quando:
sexta, dia 09 de março de 2012, às 23:30
[mas a casa abre às 22h]

Onde:
Estúdio b music bar
Av.Contorno, 3849, Funcionários.
Belo Horizonte (Belo Horizonte, Brazil)

Quanto:
R$15 fem., R$20 masc. ou R$80 de consumação, sem pagar portaria.

Reservas:
Tel: 3283-2393 e 9122-5401.

Não marque toca! Vem!

http://tributoaosnovosbaianos.blogspot.com/
myspace.com/vagabundonaoefacil

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Minha carne é de carnaval!

Animando o pré-carnaval de Belo Horizonte, Vagabundo Não é Fácil abre a noite fazendo um belo tributo aos Novos Baianos. E em seguida, pela primeira vez no Brasil, Wagner Pa e Brazuca Matraca, diretamente de Barcelona para o palco do Granfinos.

Simbora!!!

MINHA CARNE É DE CARNAVAL!
Shows com Vagabundo Não é Fácil (Tributo aos Novos Baianos) e Wagner Pa e Brazuca Matraca
Data: Sexta-feira, 10/02/2012
Hora: 22h
Local: Granfinos Show
Endereço: Av. Brasil, 326. Sta Efigênia. BH/ MG.
Entrada: R$20.
Informações: 3241-1482

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VAGABUNDO NÃO É FÁCIL (Belo Horizonte - Brasil)


Foto: Eduardo Muramoto


Saindo dos prédios, praças e bares, Vagabundo Não É Fácil é mais um bando que banda por aí. Composto por jovens concebidos e iluminados em Minas Gerais, o grupo é uma forma digna de tributo a um dos maiores e melhores conjuntos musicais do Brasil: os Novos Baianos. O rock and roll e o samba, pout-pourri de João Gilberto e Jimi Hendrix, contagiam e toda a energia dessa música fica em evidência no palco com os mineiros.

Vagabundo não é fácil é formado por Luiz Nascimento (voz e percussão); Cris Lima (voz e violão nylon); Eduardo Pinheiro (violão nylon e cavaquinho); Paulim Sartori (guitarra, violão aço 6 & 12 cordas, bandolim e voz); Samuel Passos (contrabaixo) e Henrique Edwin (bateria e percussão). Saiba mais sobre a banda acessando:

http://www.myspace.com/vagabundonaoefacil
http://www.facebook.com/naoefacil
http://tributoaosnovosbaianos.blogspot.com/
http://www.youtube.com/watch?v=hL1HqDI6z7E
http://vimeo.com/17141940


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WAGNER PA & BRAZUCA MATRACA - (Barcelona - Espanha)



Uma banda de Barcelona que nos últimos 10 anos recorreu toda Europa, volta ao País natal de Wagner Pa!

Herdeiro da melhor tradição da música Brasileira moderna, que vai desde os ritmos sincopados e as harmonias da Bossa nova, passando pelo Tropicalismo, a Psicodelia e o Pop-rock Brasileiro de épocas posteriores. Wagner Pa é um experimentador, um músico que soube fundir com grande liberdade as boas influências do seu passado no Brasil com as novas músicas e ritmos que foi experimentando ao longo de muitas idas e vindas pelo mundo. Wagner se move em um terreno criativo onde as fronteiras precisam de sentido seja musicais ou culturais, deixando visível que o que interessa a ele é a diversidade, uma proposta imprescindível para entender os novos caminhos da música e cultura global. Já finalizado um novo álbum o Forn de Pa, que será lançado em Março de 2012, logo após a turnê. No Brasil Wagner tocará os maiores sucessos da banda como também temas do novo álbum, provavelmente o mais maduro de sua carreira musical.

A formação que chega a Brasil é composta por Wagner Pa – voz, Cesc Pascual – guitarra, Xavi de la Salud – trompete e Flugel-Horn com Sanjei – percussão.

Ouça Wagner Pa e Brazuca Matraca nos links:
http://youtu.be/PBLqN9Yuxs4
http://youtu.be/6SrXtmImJEA
http://youtu.be/1ygDK0w1X9U
http://soundcloud.com/wagner-pa/la-lista
http://soundcloud.com/wagner-pa/la-retina

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Estamos de volta!



Mais um show do Vagabundo Não é Fácil, animando o pré-carnaval de Bellot!

Quando:
sábado, 04 de fevereiro de 2012, às 23:00
[mas a casa abre às 22h]

Onde:
Estúdio b music bar
Av.Contorno, 3849, Funcionários.
Belo Horizonte (Belo Horizonte, Brazil)

Quanto:
R$15 fem., R$20 masc. ou R$80 de consumação, sem pagar portaria.

Reservas:
Tel: 3283-2393 e 9122-5401.

VAGABUNDO NÃO É FÁCIL é formado por Luiz Nascimento (voz e percussão); Cris Lima (voz e violão nylon); Eduardo Pinheiro (violão nylon e cavaquinho); Paulim Sartori (guitarra, violão aço 6 & 12 cordas e voz e bandolim); Samuel Passos (contrabaixo) e Henrique Edwin (bateria e percussão).

Saiba mais sobre a banda acessando: www.myspace.com/vagabundonaoefacil www.tributoaosnovosbaianos.blogspot.com .

Informações: http://www.estudiobmusicbar.com.br/